quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A MEDIUNIDADE EM NOSSAS VIDAS


Pensando na mediunidade e refletindo sobre a sua importância para o ser humano dotado dessa capacidade de comunicação e interação com o mundo espiritual, com outras dimensões da vida (que hoje a física quântica já começa a desnudar de forma mais eloquente), constato que ela é muito mais do que uma via de interação e do que uma simples ferramenta de auxílio ao próximo. Em alguns dos estudos mais tradicionais a mediunidade é apresentada como um compromisso de auxílio aos mais necessitados, como um instrumento através do qual o médium pode ceder seu corpo e suas capacidades mediúnicas aos espíritos mais elevados para que estes possam realizar a caridade e manifestar seu amor ao próximo. E o médium, até então, era visto como aquele que generosamente devia se entregar ao trabalho de forma totalmente passiva, sem que ele mesmo tivesse qualquer benefício de suas capacidades além de doar seu corpo e manifestar a sua boa vontade.

Com o avanço da sociedade e através da evolução de nossas consciências e de nossos próprios espíritos em direção à Luz, chegamos a um ponto onde podemos entender a mediunidade como uma grande oportunidade de crescimento; não só pela entrega do médium como instrumento da espiritualidade maior mas, também, como forma de evolução de si mesmo. Ao estudar e desenvolver os seus dons mediúnicos, cada um de nós pode buscar a capacidade e as condições interiores que nos permita entrar em contato com fontes de sabedoria e de ensinamentos que estão à disposição daqueles que estão em plena busca de sua ascensão pessoal. Quando digo ascensão, não estou me referindo a uma posição elevada, a um alto posto, a orgulho, vaidade e soberba. Não. Estou me referindo a uma ascensão espiritual, energética, a uma elevação vibratória, uma iluminação gradativa.

O estudo e o exercício da mediunidade permitem ao médium tanto auxiliar o plano espiritual quanto aos seus semelhantes e a si mesmo. A elevação ocorre através da ética, da moral, da responsabilidade, do compromisso e da retidão interior; a reforma íntima é a via pela qual o médium pode ascender seu espírito elevando o seu estado vibratório e tornar-se capaz de entrar em contato com seus guias, mentores e mestres espirituais em outros níveis de consciência. O que nos permite buscar a compreensão da origem das coisas, das energias que compõem a vida, dos fatos que geram os acontecimentos e das várias formas de atuação que tanto podem nos auxiliar no plano material da vida quanto no campo religioso, no científico e na medicina. Toda a vida interage com o plano espiritual e tudo está ao nosso alcance desde que tenhamos o devido preparo e conhecimento para interagir com responsabilidade e sem ambições. São informações e conhecimentos que precisamos ter equilíbrio, discernimento, amadurecimento, para que possamos realmente compreender e vivenciar em nosso dia a dia. Nossos guias, nossos mestres, não disponibilizam informações apenas para satisfazer nossas curiosidades infantis. Estas são meras tolices, nossos desejos humanos são apenas fontes de desequilíbrios, o verdadeiro aprendizado está disponível para aqueles que se dispõem a vivenciá-lo em sua caminhada desde o momento em que acordamos pela manhã até o momento em que nos deitamos para dormir; e, mais ainda, durante o sono quando nos desprendemos de nossa veste carnal e adentramos no mundo do espírito onde permanecemos até o despertar matutino de nosso corpo físico.

As ambições e os desejos desenfreados e desequilibrados atuam baixando nossas vibrações em escala, como uma escala de cores em degradê, como uma escala musical. Com nossas baixas vibrações e desequilíbrios internos não conseguimos acessar os planos mais sutis e não conseguimos nos comunicar com aqueles que muito têm a nos ensinar. Estamos no jardim de infância, na alfabetização da vida, temos muito o quê aprender até chegar ao “primeiro grau”, ao “segundo grau”, até concluir a “faculdade”. Dessa mesma forma, nossos espíritos estagiam na vida buscando o aprendizado e a mediunidade é uma oportunidade maravilhosa que nos é dada por Deus para que possamos nos aprimorar ao mesmo tempo em que podemos auxiliar muitos de nossos irmãos que, por vezes, nós mesmos prejudicamos em outros momentos de nossas jornadas evolutivas.

A mediunidade é uma fonte de experiências e de oportunidades que nos permite um vasto aprendizado e um grande avanço em nossas caminhadas evolutivas desde que tenhamos consciência disso e comprometimento suficiente para estudar, compreender e aplicar este aprendizado. Não estou dizendo que é fácil viver com toda esta responsabilidade e compromisso, muito pelo contrário, estou afirmando que a mediunidade exige muito de nós e que não nos foi concedida em vão. Se estamos aqui nesta Terra e manifestando algum dom mediúnico, certamente não é apenas para nosso uso particular. E, também, não é apenas para saciar a nossa curiosidade. Estou pedindo a atenção de cada um de nós, pedindo que cada um observe a forma como vivencia a sua própria mediunidade.

Estamos num momento de expansão da consciência humana e do espírito, um momento de grandes mudanças e transformações no plano espiritual e, consequentemente, no plano material. Uma grande parte dessa mudança depende de nós, do nosso empenho, da nossa dedicação e do nosso sacrifício pessoal em busca da iluminação de nossos mentais e do nosso ser espiritual como um todo. Há um grande trabalho de limpeza, de purificação e de reestruturação acontecendo nos planos superiores para que a nossa realidade material possa ser alterada, para que nós possamos entrar numa nova fase de Luz aqui na Terra. Tantos conflitos, tantas insatisfações, são manifestações de estados emocionais profundamente desequilibrados que estão sendo trazidos à tona para expurgo de toda essa negatividade. As grandes mudanças e transformações sempre vêm precedidas de momentos um pouco traumáticos, podemos nos imaginar como as lagartas que num determinado momento de suas vidas se recolhem, viram um casulo e somente depois de uma grande transformação e de um grande esforço conseguem romper as várias camadas criadas ao seu redor para, enfim, se libertar e sair voando batendo suas novas asas num mundo completamente novo e diferente para elas. Mas trazem em si, em seu íntimo, todo o aprendizado e todas as lembranças do que teve que passar para “renascer” de forma tão bela e tão livre.

Assim somos nós. Espíritos em plena transformação. É chegado o momento de parar, refletir e utilizar a mediunidade com sabedoria para que ela possa atuar como a fase do casulo, quando a lagarta se fecha em si mesma e se transforma em um ser mais sublime. Nada deve ser desperdiçado, a vida não deve ser deixada à deriva, nós temos a responsabilidade sobre o tempo que nos é dado, nós temos o livre arbítrio. E a mediunidade é uma dádiva que nos é concedida por Deus como forma de intensificar nossas vivências pessoais e de levar o conhecimento e praticar a CARIDADE aos nossos semelhantes. Por tudo isso, não devemos ser autômatos, não devemos agir e viver como uma máquina que apenas repete os movimentos que foram programados pelos outros. Devemos buscar nossos próprios entendimentos, olhar para o nosso interior e descobrir qual é o nosso caminho, o quê devemos fazer, por que motivo estamos aqui. Cada um de nós tem seu compromisso, não existem duas pessoas iguais na face da Terra. Individualmente, devemos elevar nossos pensamentos ao Alto em oração e pedir à Deus a nossa orientação, que ela venha através de nossos Guias espirituais, de nossos Mestres, Mentores e Protetores individuais. Pois devemos seguir primeiramente a nossa própria “fonte”, àqueles aos quais estamos espiritualmente ligados de forma natural. Cada ser humano tem o seu caminho, o seu entendimento e as suas regras. Mas quem nos conduz é Deus. Somente Deus pode nos orientar e nos guiar pelos caminhos e pelas experiências que devemos passar. Nossos irmãos da Terra podem nos ajudar, conversar, transmitir as suas próprias experiências, passar adiante os ensinamentos que receberam através de seus antepassados, de suas religiões, dos modos e costumes que vivenciou, mas apenas Deus através de nossos Guias, Mestres, Mentores e Protetores sabem realmente o que é melhor para cada um de nós. Devemos nos aprofundar em nossa mediunidade, buscar o conhecimento e o entendimento necessários mas devemos estar sempre ligados às nossas forças espirituais para que possamos estar sempre amparados no caminho certo, na direção da Luz que só Deus Pai emana a cada um de nós.

Salve todas as nossas Forças Espirituais! 

Salve todos os nossos irmãos e amigos com os quais encontramos e partilhamos durante a caminhada na Terra! 

Com todo o respeito e amor a cada um de vós, aqui me despeço até a próxima dissertação.

Abraços fraternos.

SENZALA DE UMBANDA

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